Índice Big Mac revela moedas subvalorizadas

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SXC

A revista The Economist publicou o novo Índice Big Mac, oficialmente Big Mac Index, um índice calculado sobre o preço do Big Mac em mais de 100 países, tendo como objetivo medir o grau de sobre- ou subvalorização de uma moeda em relação ao dólar americano, comparando os preços do hamburger Big Mac nos Estados Unidos com o preço do Big Mac do país no qual se pretende comparar a moeda.

O rublo ficou entre as divisas subvalorizadas. Segundo a opinião de peritos, estes dados não estão longe da realidade.
O Índice Big Mac foi inventado em 1986 e assenta na teoria de paridade da capacidade de compra, ou seja na relação de diferentes divisas a um certo jogo de mercadorias e serviços. Por que razão foi escolhido o Big Mac? Tudo é simples: este hamburger é vendido em todo o mundo e na sua composição entram os principais componentes alimentares: carne, queijo, legumes, pão. Em condições de uma concorrência ideal em todo o mundo, o preço do Big Mac deve ser igual em expressão em dólares. Mas não é assim. Segundo The Economist, o hamburger custa na América 4,37 dólares, na China – um pouco mais de 2,5 dólares e ainda é mais barato na Rússia. Os economistas gostaram tanto deste índice informal, que apareceu até o termo "economia de hamburger" e várias teses científicas são dedicadas ao Índice Big Mac.
O que mostra este índice? Hoje, a moeda mais subvalorizada é a rupia indiana, cuja cotação de mercado deve ser elevada em quase 62 por cento. A seguir, estão as moedas da África do Sul, Hong Kong, Ucrânia e Egito. A Rússia ocupa a sexta posição. Segundo a "economia de hamburger", o dólar deve custar cerca de 17 rublos e não 30, como hoje. As moedas do Grupo BRICS e de muitos países emergentes também figuram como subvalorizadas, diz o diretor do fundo Centro de Desenvolvimento do Mercado de Valores, Yuri Danilov:
"Todas estas moedas estão subvalorizadas em relação à paridade da capacidade de compra. Estes índices aproximam-se na medida de desenvolvimento do mercado financeiro nacional, da economia nacional e da integração econômica no sistema global da divisão do trabalho. Este processo decorre bastante depressa no caso da rupia indiana e do yuan chinês".
Os peritos destacam que o valor de uma moeda nem sempre corresponde à paridade de capacidade de compra. Eis a opinião do diretor do departamento analítico do Nomos-Bank, Kirill Tremassov:
"Tal é ligado a muitos fatores de caráter econômico: à capaciadde destes países de atrair investimentos, às cotações das moedas. Sabe-se que muitos países limitam simplesmente a sua cotação".
Assim, o Banco da China diminuíu durante muito tempo a cotação do yuan, para elevar a competitividade das mercadorias chinesas. Há também moedas sobrevalorizadas, tais como o dólar venezuelano e as coroas norueguesa e sueca. O valor do dólar americano é mais ou menos justo, mas o euro é um pouco sobrevalorizado. Yuri Danilov considera que a maioria de divisas irá, a longo prazo, aproximar-se da paridade do poder de compra, à exceção do franco suíço:
"Este país registra enormes afluxos de capitais. Por esta causa, o franco suíço será sempre sobrevalorizado. Pelos vistos, serão sobrevalorizadas também algumas moedas que têm por trás de si certas reservas naturais, tais como, por exemplo, a coroa norueguesa".

  Fonte: Voz da Rússia.
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