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Os cientistas da Faculdade de Química da Universidade Estatal Lomonosov e da Universidade William Rice, dos EUA, descobriram uma nova característica exemplar do grafeno.
Acontece que este material
super-resistente, composto de carbono com a espessura de um átomo, pode
extrair substâncias radioativas das soluções de água. O fenômeno
descoberto permitirá combater a radiação em locais contaminados como,
por exemplo, a central atômica japonesa Fukushima.
As
partículas microscópicas do óxido de grafeno se dissolvem na água,
absorvendo como esponja as substâncias radioativas a formarem bolinhas
que, numa fase seguinte, podem ser retiradas e recicladas (queimadas).
Há já dois anos que os cientistas russos e norte-americanos fazem experiências conjuntas. Mas pela primeira vez, o grafeno foi obtido pelos químicos russos Andrei Geim e Konstantin Novosiolov, residentes nos EUA.
Em 2010, por essa razão eles foram agraciados com o prêmio Nobel da Física. No entanto, o grafeno encerra muitas incógnitas. Para a realização de testes, as partículas do óxido de grafeno são sintetizadas no laboratório da Universidade Rice e depois se transferem para a Rússia onde se sujeitam a provas específicas na Universidade Lomonosov. Um dos autores da experiência, Stepan Kalmikov, comenta:
Há já dois anos que os cientistas russos e norte-americanos fazem experiências conjuntas. Mas pela primeira vez, o grafeno foi obtido pelos químicos russos Andrei Geim e Konstantin Novosiolov, residentes nos EUA.
Em 2010, por essa razão eles foram agraciados com o prêmio Nobel da Física. No entanto, o grafeno encerra muitas incógnitas. Para a realização de testes, as partículas do óxido de grafeno são sintetizadas no laboratório da Universidade Rice e depois se transferem para a Rússia onde se sujeitam a provas específicas na Universidade Lomonosov. Um dos autores da experiência, Stepan Kalmikov, comenta:
"Compete
à equipe russa efetuar testes radioquímicos relacionados com a extração
de nuclídeos radioativos do meio hídrico. Os colegas norte-americanos
dedicam-se mais ao estudo de características do óxido de grafeno. Mas na
Universidade Rice não existem condições de realizar pesquisas como
costumamos fazer aqui. Por outro lado, os especialistas dos EUA mantêm a
liderança incontestável no exame de materiais de nano carbono.
Pretendemos alargar a lista de objetos e instalações que podem ser
purificados por este meio, incluindo as águas subterrâneas poluídas e
resíduos radioativos."
No parecer do cientista russo,
tal característica do grafeno poderia ser utilizada em novas
tecnologias de filtragem e purificação de líquidos, por exemplo, em
centrais atômicas. O emprego do grafeno nesse domínio prima pela
simplicidade e eficiência, salienta o decano da Faculdade de Química da
Universidade Lomonosov, Valeri Lunin.
"A reciclagem
de resíduos radioativos constitui um problema sério do século XXI, sendo
ainda por cima uma das tarefas fundamentais no desenvolvimento da
economia e da ciência. Uma das recentes propostas do nosso colega pode
marcar o início de um grande avanço tecnológico nessa esfera de
pesquisas. Acabamos de promover cursos internacionais especiais visando
novas abordagens para com a questão de reciclagem."
O
óxido de grafeno pode ser utilizado no aperfeiçoamento de tecnologias
de extração de metais de terras raras, bem como de hidrocarbonetos
tradicionais e de xisto, realça Stepan Kalmikov.
"Na
extração de minérios, inclusive elementos de terras raras e
hidrocarbonetos, à superfície se elevam as águas com nuclídeos
radioativos – os isótopos de urânio e de rádio. É um problema sério que a
resolver por meio o óxido de grafeno. Tal medida influirá na situação
ecológica nas áreas ao redor de jazidas. Para além de nuclídeos
radioativos e componentes de resíduos radioativos líquidos, o óxido
seria útil na purificação de metais pesados, ou seja, pode ser usado em
sistemas de filtragem de água."
Nessa etapa, após a
realização de pesquisas, será necessário proceder à comercialização de
novas tecnologias. Os cientistas russos opinam que, para tal será
preciso contar com assistência do centro de inovações Skolkovo. Em
paralelo, a nova tecnologia é capaz de despertar interesse de empresas
do setor petrolífero.Fonte: Voz da Rússia.
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